quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

FILOSOFIA 1ª aula - 2ª Série do Ensino Médio (matutino e vespertino)

Texto trabalhado pela Professora Wânia Pinho

A JANELA (Autor Desconhecido)

Certa vez, dois homens que, seriamente doentes, estavam  na mesma enfermaria de um grande hospital. O cômodo era bastante pequeno, e nele havia uma janela que dava para o mundo. Um dos homens tinha, como parte do seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (por causa de uma drenagem de fluido de seus pulmões).

Sua cama ficava perto da janela. O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima.

Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado em POSIÇÃO  sentada, ele passava o tempo descrevendo o que via lá fora. A janela aparentemente dava para um parque onde havia um lago.

Havia patos e cisnes no lago, e as crianças iam atirar-lhes pão e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as árvores e flores, havia também gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás da fileira de árvores, avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade.

O homem deitado ouvia o sentado descrever tudo isso, apreciando todos os minutos. Ouviu sobre como uma criança quase caiu no lago, e sobre como as garotas bonitas estavam em seus vestidos de verão.

As descrições do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora…

Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento: Por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo? Por que ele não podia ter essa chance?

Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais TENTAVA assim não pensar, mais queria uma mudança. Faria qualquer coisa!

Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocando, suas mãos procurando o botão que faria a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou sem se mover… mesmo quando o som da respiração parou.

De manhã, a enfermeira encontrou o outro homem  morto, e silenciosamente levou embora o seu corpo.

Logo que pareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então o colocaram  lá, aconchegaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável.

No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e sentindo muita dor,  olhou para fora da janela. Viu apenas um muro…

 Que relação existe entre este texto e a Filosofia?

Nenhum comentário:

Postar um comentário